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OPINIÃO: Não é hora de omissão. Vote

O Brasil passa por um momento político muito difícil e delicado. Do resultado da eleição de outubro, dependem o presente e o futuro do país. E não me venham, caros eleitor e eleitora, com justificativas e outras desculpas para se omitir na hora de votar para a presidência da República, o governo estadual, o Senado, a Câmara Federal e a Assembleia Legislativa. No atual cenário, votar em branco ou anular o voto não resolve nada. É uma decisão inútil. Então, faça da sua indignação, da sua revolta, do seu aborrecimento, da sua frustração, um ingrediente poderoso e escolha com toda atenção e cuidado os futuros dirigentes e parlamentares do Rio Grande do Sul e do Brasil. Pense na sua família, nos seus filhos e nos seus netos. Precisamos de um Brasil decente, mais justo e melhor, com representantes competentes, dignos, sérios, responsáveis e honestos para conduzir o país, elaborar leis e fiscalizar os governos. Não necessitamos de mitos, de heróis ou de salvadores da Pátria na política.

Recentemente, na revista Glamurama do site UOL, o compositor e cantor baiano Gilberto Gil falou sobre o perigo da figura do herói nesse contexto político. "O herói vem, seja por insistência de uma demanda de um grupo social ou por ímpeto próprio, para promover essa ideia de libertação. Não adianta! Não funciona assim. Não precisamos de heróis", ressaltou Gil. Ao abordar a questão do mito, Gil foi ainda mais enfático: "Fala-se do mito, essa palavra que está na moda. O mito do herói, do salvador. Não tem. A salvação é a permanência na labuta, na lida da vida, no dia a dia, no afazer, no discernir entre o melhor e o pior o tempo todo, nessa requalificação permanente que a gente tem que fazer do cotidiano com as coisas simples. A salvação é isso".

Se escolher um (a) candidato (a) para a presidência da República e para o governo estadual é algo importante, também é fundamental votar nas duas vagas para o Senado e nos (nas) representantes para a Câmara Federal e a Assembleia Legislativa. O Senado reúne agentes políticos eleitos para um mandato de oito anos, que representam um estado da federação. O senador pode propor novas leis, normas e alterações na Constituição. O Senado é uma câmara revisora, já que tem a prerrogativa de avaliar e rever as propostas e projetos que já foram votados na Câmara dos Deputados. O deputado federal tem como principal função legislar por um período de quatro anos. A ele, cabe propor, discutir e aprovar leis, que podem alterar até mesmo a Constituição. É também o deputado federal quem aprova ou não as medidas provisórias, propostas pelo (a) presidente. Outra importante responsabilidade do deputado federal é fiscalizar e controlar as ações do Poder Executivo.

Na mesma linha, está a atuação do deputado estadual. A representatividade de Santa Maria e da região central do Estado na Câmara Federal e na Assembleia Legislativa gaúcha precisa, urgentemente, aumentar quantitativa e qualitativamente. Temos vários candidatos dispostos a ocuparem essas vagas. No entanto, o crivo passa pelo voto do eleitor e da eleitora rio-grandenses. Em 1977, bem antes de ser eleito governador do Rio Grande do Sul, Alceu Collares, escreveu o poema "O voto e o pão". Dele, retiro o seguinte trecho: "Mandam no teu destino. Mas ele é teu, meu irmão. Ergue teus braços finos. E acaba com a exploração. Faz tua revolução! O voto é tua única arma. Põe teu voto na mão. O voto é tua única arma". Votar, e bem, significa valorizar e reforçar sempre a democracia e a fé em dias melhores.

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